Cada vez mais o Turismo de Aventura tem conquistado novos consumidores. Uma pesquisa apontou que o Turismo de Aventura cresce, em média, 20% ao ano no mundo, enquanto o turismo comum sobe apenas 4%.

Além disso, cerca de 65% dos recursos gerados nessa modalidade de turismo, que também inclui o Ecoturismo, permanecem na respectiva localidade ou região, índice bem superior ao do turismo convencional, conforme pontua o Portal Mercado e Eventos.

Por isso, no post de hoje vamos entender mais sobre o Turismo de Aventura, suas principais normas de segurança e o potencial da Paraíba para esta modalidade.


Você sabe o que é Turismo de Aventura?


O conceito de Turismo de Aventura não é novo e vem sendo discutido desde o início da década de 80.

De acordo com o Eco Brasil, o Ministério do Turismo adotou como definição: Turismo de Aventura compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não-competitivo.

Neste contexto, entende-se:

  • movimentos turísticos como “os deslocamentos e estadas que pressupõem a efetivação de atividades consideradas turísticas”;

  • práticas de aventura de caráter recreativo e não competitivo pressupõem “determinado esforço e riscos controláveis, e que podem variar de intensidade conforme a exigência de cada atividade e a capacidade física e psicológica do turista”.

As atividades de aventura podem ocorrer em qualquer espaço, tais como: natural, construído, rural, urbano, estabelecidos como área protegida ou não.

O Turismo de Aventura é compreendido como uma categoria dentro do Ecoturismo, mas que possui características e consistência de mercado próprias e, consequentemente, oportunidades de ofertas e possibilidades devido ao crescimento que vem adquirindo.

Cada vez mais as pessoas têm procurado por novos tipos de experiências ligadas ao turismo. Com isso, o Turismo de Aventura tem crescido muito nas últimas décadas.

É importante entender que os impactos econômicos relacionados com a cadeia do Turismo de Aventura não se limitam, apenas, aos destinos turísticos. Há o impulsionamento de diversos envolvidos ligados a essa atividade, tais como:

  • Hospedagem: hotéis e pousadas;
  • Bares e restaurantes;
  • Comércio local;
  • Prestadores de serviços, tais como guias, transporte, recreativo, fotógrafos, dentre outros;
  • Fornecedores de equipamentos,
  • Seguradoras;
  • Dentre outras.


Principais modalidades do Turismo de Aventura


Quando falamos de Turismo de Aventura, no geral, ele está associado a algumas atividades, tais como:

Trekking

Trekking é uma modalidade de caminhada feita em locais que possibilitam maior contato com a natureza. O seu objetivo é explorar trilhas naturais e montanhas. A depender do grau de dificuldade, ela pode se adequar para as mais diversas idades.

Escalada

Quando falamos em Turismo de Aventura, a escalada é uma atividade que utiliza de seu próprio esforço para chegar ao topo. Basicamente, essa prática consiste em escalar pedras e montanhas com o auxílio de equipamentos específicos.

Rafting

A modalidade consiste na descida em corredeiras dentro de um bote inflável, em cursos de rios naturais, onde o espírito de equipe e companheirismo são essenciais para superar os obstáculos.

Arvorismo

O arvorismo é a atividade ideal para quem gosta de altura. Nessa atividade, o praticante trafega entre plataformas montadas no alto das árvores passando por diversos obstáculos durante o percurso.


Principais normas do Turismo de Aventura


Como foi visto, o Turismo de Aventura requer alguns requisitos de segurança. E isso é fundamental para garantir a segurança dos turistas e prestadores de serviços.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), é fundamental seguir as normas adequadas de acordo com as atividades que serão oferecidas.

ABNT 21101

A ABNT NBR ISO 21101 (Sistema de Gestão de Segurança) é uma norma internacional base no processo de avaliação e análise de riscos das atividades de turismo de aventura.

Além disso, colabora para a prevenção de incidentes, atua em casos de planos de ação de emergência, além de todas as etapas para a gestão da segurança das pessoas envolvidas nas operações turísticas, incluindo os clientes/turistas.

Ela deve ser vista como obrigatória em qualquer negócio relacionado ao turismo, seja um atrativo, operadora, pousada que possua um circuito de arvorismo ou que ofereça alguma atividade de ecoturismo ou turismo de aventura.

ABNT 21103

A ABNT NBR 21103 (Informações para participantes) é especifica os requisitos mínimos para a informação a ser fornecida aos participantes antes, durante e após as atividades de Turismo de Aventura.

ABNT 21102

A ABNT NBR ISO 21102 estabelece os requisitos que o mercado considera como competências mínimas e os respectivos resultados esperados para líderes de atividades de turismo de aventura, guias e condutores, comuns a qualquer atividade de turismo de aventura.


Turismo de Aventura: potenciais da Paraíba


Nos últimos anos, o Turismo de Aventura tem se fortalecido na Paraíba de maneira bem diversificada, tais como através de atividades de mountain bike, jipe ou trekking.

De acordo com o ClickPB, no Cariri e Agreste, dezenas de trilhas de caminhadas conduzem os visitantes às belezas naturais do Estado. Além de estimular o respeito à natureza, a prática tem gerado renda às cidades do interior.

Vamos conhecer algumas das atrações do estado (fonte: TurismoPB)?

Litoral Sul Paraibano

O Litoral Sul Paraibano disponibiliza muitos esportes radicais ao longo da Costa de Conde, tais como Rapel, Tirolesa, Quadriciclo, Trekking, Caiaque, dentre outras.

Araruna

No Parque Estadual da Pedra da Boca, em Araruna, a pouco mais de 160 km da capital João Pessoa, há opções de trekking pela trilha da Pedra da Boca, assim como rapel na Pedra da Caveira.

Lajedos e Cabaceiras

O Roteiro dos Lajedos abriga formações espetaculares das rochas, além de inscrições rupestres, ambiente perfeito para o trekking.

Na região também tem a “ROLIÚDE NORDESTINA", um dos melhores cenários naturais para filmes e documentários premiados nacional e internacionalmente, tais como O Auto da Compadecida.

Vale dos Dinossauros

O Roteiro dos Dinossauros parte da cidade de Sousa, um local onde a passagem dos dinossauros ficou gravada no leito do Rio do Peixe, onde é possível visitar um museu e realizar trilhas pelo parque.

Como foi visto, investir no Turismo de Aventura gera diversos benefícios para a economia local, pois envolve diversos outros segmentos, seja de maneira direta ou indireta.

Para além disso, gera:

  • Diversificação da oferta turística.
  • Ampliação do consumo do produto turístico no mercado nacional.
  • Aumento da taxa de permanência e gasto médio do turista

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Crédito da imagem: Jornal da Paraíba